Misturar Contas Pessoais e da Empresa Pode Custar Caro — Especialmente para Quem Está no Anexo V do Simples Nacional

Separar as finanças pessoais das empresariais é um dos pilares de uma gestão saudável. No entanto, muitos profissionais enquadrados no Anexo V do Simples Nacional, como psicólogos, médicos, fisioterapeutas, arquitetos e advogados, ainda cometem o erro de misturar entradas e saídas do negócio com gastos pessoais.

Não misture contas pessoais com as contas da empresa.

Esse hábito pode gerar consequências graves, desde a perda de controle sobre os resultados até aumento na carga tributária devido ao Fator R, além de problemas com a Receita Federal.

Neste artigo, vamos explicar por que essa prática é perigosa, como ela impacta diretamente quem está no Anexo V e o que fazer para organizar de vez as finanças.

Por que misturar contas é tão arriscado para quem está no Anexo V?

No Anexo V do Simples Nacional, o cálculo dos impostos está diretamente ligado ao Fator R, que mede a proporção entre a folha de pagamento (incluindo pró-labore) e a receita bruta dos últimos 12 meses.

Quando as contas pessoais e empresariais se misturam, fica muito mais difícil manter um pró-labore consistente, o que pode levar a empresa a ultrapassar o limite do Fator R e ser tributada a uma alíquota muito maior.

Por exemplo:

• Com Fator R acima de 28% → O profissional pode ser tributado pelo Anexo III, com alíquotas iniciais de 6%.

• Com Fator R abaixo de 28% → A tributação sobe para o Anexo V, com alíquotas iniciais de 15,5%.

Se não houver clareza financeira, você pode pagar mais imposto do que deveria — sem nem perceber.

Outros riscos de misturar contas

• Perda de controle financeiro: Não saber exatamente se a empresa está dando lucro ou prejuízo.

• Problemas fiscais e trabalhistas: Lançamentos misturados podem levantar suspeitas em fiscalizações.

• Confusão no planejamento tributário: Fica inviável aplicar estratégias legais para reduzir a carga tributária.

• Patrimônio pessoal em risco: Em caso de dívidas ou processos, a ausência de separação clara pode levar à responsabilização pessoal.

Medidas para evitar esse erro

Se você quer manter sua empresa saudável e pagar apenas o necessário em tributos, siga estas medidas:

1. Tenha conta bancária PJ

Use-a exclusivamente para movimentações da empresa. Depósitos, pagamentos de clientes e despesas do negócio devem passar apenas por essa conta.

2. Defina e pague seu pró-labore

Estabeleça um valor fixo mensal para você, proporcional ao faturamento, e transfira da conta PJ para sua conta pessoal.

3. Registre tudo

Use planilhas ou sistemas de gestão contábil para classificar e acompanhar entradas e saídas.

4. Planeje o Fator R

Acompanhe sua relação folha/faturamento mensalmente para não ter surpresas na tributação.

5. Tenha apoio contábil especializado

Um contador que entende as regras do Anexo V pode economizar muito dinheiro para o seu negócio.

Conclusão: disciplina financeira é sinônimo de lucro

Misturar contas pessoais e empresariais não é apenas uma questão de organização — é uma estratégia de sobrevivência e crescimento.

Para profissionais do Anexo V, essa separação é ainda mais crítica, pois influencia diretamente na carga tributária. Ao manter as finanças organizadas, você não só evita problemas com o fisco, mas também cria um ambiente saudável para o crescimento sustentável.

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Na Hik Contábil, somos especialistas em atender profissionais do Anexo V, ajudando a manter o Fator R sob controle e garantindo mais segurança para o seu patrimônio.

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